Sem maiores delongas, abaixo, as minhas 20 faixas favoritas desse ano. Escolhi somente uma por artista, embora pouquíssimos emplacariam mais uma aí (para citar nomes, creio que Joanna Newsom, DJ Nate, Kanye West). Não há ordem de preferência na lista, aliás, as duas que eu provavelmente mais gostei estão devidamente comentadas nas suas descrições.
"Angel Echoes" - Four Tet: Uma introdução sem clímax, sem identificação orgânica ou eletrônica, ou um pouco dos dois.
"CMYK" - James Blake: Nesse final de ano foi possível vê-lo figurando nos melhores álbuns do ano com sua serie de EPs brilhantes. "CMYK" certamente é o carro-chefe desse hype (merecido).
"Monster (feat. Jay-Z, Rick Ross, Nicki Minaj & Bon Iver)" - Kanye West: Base percussiva mais atraente do ano. Até poderia selecionar uma outra do MBDTF, mas essa é mais viciante que coca-cola.
"Born Free" - M.I.A.: Um estrondo do tamanho da figura de M.I.A. para a música atual.
"Age of Adz" - Sufjan Stevens: Em meio a corais, produção sofisticada e sua megalomania de prache, o menino acertou no ponto.
"Tightrope (feat. Big Boi)" - Janelle Monáe: Hit de nascença.
"Microphone Killa (feat. Young Chris)" - Freeway and Jake One: Mas uma música de hip hop do início dos anos 90 aqui? Bem isso mesmo, ouça o refrão matador (perdão ao trocadilho) e entenderá.
"Blaflat" - Phonophani: Como se fosse um sacrifício humano sendo documentado sonoramente. Séria candidata a faixa do ano (1).
"Fun Dink Death" - Eric Copeland: Entre o lisérgico e o praiano sessentista, da viola e seu clima de espontaneidade aos vocais nervosos e sujos.
"Chamber jazz, biplex, blue: cyan" - Frank Bretschneider: A mais deslocada da lista, certamente funciona muito melhor em conjunto com o álbum. Mas o efeito demarcado pelo ritmo de beats descontínuos é algo completamente extasiante. Ouça com phones, é claro.
"The Pilot (Among Our Shoals)" - Philip Jeck: Ouça isso repetidamente no seu mp3 player nas ruas da sua cidade e perca o rumo de casa.
"Espelho" - M. Takara 3: Uma das várias boas faixas que mostram a que veio esse projeto de Maurício Takara, aliás, como ele entoa, insistentemente, ao longo da música: "ninguém pergunta de onde eu venho..."
"Free" - DJ Nate: A canção mais romântica do ano.
"In California" - Joanna Newsom*: Uma música que procura flui harmoniosamente até seu clímax... poderoso, mas vem e vai com uma leveza inexplicável... coisas de Joanna Newsom.
*Explico o asterisco desde já, foi a tarefa mais árdua descobrir somente uma faixa em meio a um álbum triplo brilhante, e confesso que não garanto que essa seja A música.
"Night Night (feat. B.o.B and Joi)" - Big Boi: Congregando o melhor que Outkast séc. XXI tem a oferece em uma única faixa.
"Chino" - The Fall: Rock como pouco se ouviu esse ano... e cada vez se ouve menos por aí. Mark E. Smith não falha.
"If U Want Me" - Deadboy: Loops incessantes e em meio a idas e voltas de sub-graves e agudos. Difícil definição para uma séria candidata a faixa do ano (2).
"Atmo - Action" - Shed: Sujeito que sabe brincar bem com os andamentos em conjunto, sem medo de errar. Essa aqui é o ápice!
"Wut" - Girl Unit: Descobri outro dia que Wut significa Raiva em alemão. Descobri outro dia também que Wut é uma das grandes músicas do ano.
"Baião Maracatú" - Marcos Valle: "você já diz tudo que eu quero entender / o ar que eu respiro é feito de você."
E aqui, os três grandes vídeos do ano. Não assisti muita coisa por aí esse ano, mas confesso que pouco me empolgou (
3. "ONE" - Yeasayer
Yeasayer "ONE" By: Radical Friend from ODDBLOOD on Vimeo.
A receita é pegar todos aqueles arquétipos do sci-fi 80's (planos a la Exterminador do Futuro, femme fatale choronas saidas do Blade Runner, etc), e uní-los a estética Lady-Gaguistica do momento presente. Uma linda sátira com um desfecho hilário e sem o menor pretexto de fazer algum sentido.
2. "Limit To Your Love" - James Blake
James Blake - Limit To Your Love from James Blake on Vimeo.
O extraterreno rompendo com o usual.
1. "Tightrope" - Janelle Monáe
Html desativado, então você vai ter que clicar aqui.
Lentes naturalistas para as melhores danças do século XXI. Das locações às fusões nos planos finais, esse clipe é obra-prima indiscutível.
Em breve, se minha disposição ajudar: os 10 melhores álbuns do ano.
Nenhum comentário:
Postar um comentário